terça-feira, 28 de setembro de 2010

Um porre.

Nunca gostei de bebida alcoólica. Mas nem é uma questão de caretisse nem nada.
É mesmo porque não gosto do cheiro, nem do gosto.
Com o tempo descobri que não precisamos beber para entrar em estado de felicidade, nem precisamos beber quanto estamos tristes e que porres públicos são feios e a sua dignidade quase sempre vai embora junto com o vomito. rsrs.

O caso é, nunca tomei um porre daqueles de entrar pra história.
Mas, como amiga leal que sou, já curei enumeros outros porres. 
Sempre fui uma espécie de guardiã. E hoje, vou contar um, que, pra mim foi o melhor de todos.

Vamos chamar a minha amiga, personagem dessa historia, de Nega, porque é assim que eu chamo ela.

Ela e eu decidimos que aquela noite ia ser nossa, iríamos arrasar.
Era um bailinho, na verdade era um forrózão mesmo, numa igreja da minha cidade, o que é bem típico por lá, não se espantem. 
Uma poeeeeiraa absurda, um monte de gente suada e pisando nos nossos pés.
Mas assim mesmo, a noite seria nossa.

Logo no começo Nega me disse:  Amiga, olha lá o Fulano, tá com a Fulana e danou chorar.
Eu dei um sacode nela acorda menina, olha pra você, magnifica, toda trabalhada na elegância, uma gata.
Ela disse então a frase fatal: Vou beber todas nega. Xiiiii, eu já sabia o final da noite, como seria.
Deixei ela livre, afinal ela realmente gostava do carinha idiota que tava beijando a outra. Mas cuidei para que nada de pior acontecesse.

Começamos então a beber. Ela cerveja, quente, diga-se de passagem.
Eu, água gelada, já que ninguém compra água e ela fica por mais tempo no gelo. Yes!!!

Lá pelas tantas, Nega me chamou para ir ao banheiro, eu fui e fiquei na porta esperando ela acabar o xixizéx.

Lembra quando descrevi o forró? agora multiplica por 10 e terá a real situação do banheiro. Pois é, o trem era feio. Demais por sinal.

Quando ela saiu, já tava meio que passando mau por causa do cheiro, mas ainda saiu toda felizinha, dançando e cantando.

Só que ela saiu de frente pra mim e eu não vi que ela estava com a saia por dentro da calcinha, mostrando metade da bunda. AUHAUHAUHAUHAUHAUHAUAH
Notei as pessoas olhando e rindo. Pedi que ela virasse e arrumei a saia.
Ela danou  chorar de novo. Tá todo mundo rindo de mim.
E eu pensei tá mesmo nega.
Mas acalmei ela, mais uma vez e seguimos na tentativa de ainda ARRASAR.

Ela dançou com uns 23 caras, mas permanecia olhando o carinha babaquinha beijando a outra.

Na décima vez que me chamou para ir ao banheiro, ela já estava completamente bêbada e não queria ir embora de jeito nenhum.
Entrei com ela dessa vez, para poder ajudar, porque mau parava em pé.
Eu repetia:  Não senta, não senta, não senta.. Puft, sentou, droga.

Ela não queria levantar, se entregou ali, naquele banheiro imundo.
Pra acabar de completar, o celular dela caiu no chão, BEM LIMPO, com milhares de DNA´s de pessoas que nós nem conhecíamos.

Tirei ela de lá, com ajuda de um amigo. Chegamos em casa, arrumei a cama pra ela, dei um banho sabido e fomos dormir.

Dez minutos de sono se passaram, escuto a porta batendo e Nega no banheiro.

Eu perguntei: Tá tudo bem?
Ela respondeu: Aham, tô só lavando o celular
Lavando o queeeeeeeeeeee? Corri para tentar salva o pobre coitado, mas já era tarde.

Ela repetia: Amiga, tava sujo, caiu no banheiro, esqueceu?
Não Nega, não esqueci, mas precisava lavar? LA-VAR?

Foi bonitinho ver o cuidado dela, tirando o barrinho dos botões, com sabonete.
Depois secando com a toalha. 

Desisti de convencê-la que era errado lavar um componente eletrônico e voltamos para cama.

No outro dia, bem pela manhã ela me acorda aos berros.
Meu celular amiga, tá todo molhado. 

Nega, me acorda daqui um tempo e eu te conto tudo. 

Eu nunca ri tanto de uma situação. 
Por essas e outras, que decido não beber. 
Dia desses, bebi uns dois ou 3 copos pequenos de cerveja, fazia muito calor e cheguei em casa rindo á toda.
Minha mãe estranhou na hora e eu disse 'bebi lá no churrasquinho do pessoal'.
Lembrei que logo depois fui tirar a sobrancelha, mas não deu, porque não conseguia ficar com a cabeça parada.

Imagina se eu tomar um porre?

Não é pra mim, definivitamente. 

Beijo.

Um comentário:

Camila disse...

Esse negocio de encher a cara pra esquecer um babaca, não da muito certo. No outro dia voce esta com uma dor de cabeça daquelas e com a cara pessima.
Mesmo assim, as vezes eu faço isso. Sei que é feio. mas na hora, parece que vc esquece do mundo.
Vou parar , prometo.

Bjss