segunda-feira, 3 de março de 2008

Cotas! Sim ? Não?

Apenas um negro passa em medicina na Fuvest 2008.

Ao todo, 37 cursos não têm nenhum ingressante negro na primeira chamada.
Os convocados negros somam 1,8% dos calouros.

Somente um estudante negro foi convocado em primeira chamada para cursar medicina em 2008 pela Fuvest. A Universidade de São Paulo (USP) em São Paulo e em Ribeirão Preto e a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa ofereceram, ao todo, 375 vagas. A informação é do questionário socioeconômico do vestibular 2008, respondido por 369 ingressantes no curso.

O número de indígenas foi maior que o de autodeclarados negros: dois contra um. A Fuvest, fundação que realiza o processo seletivo, divide os estudantes em cinco categorias. Além dos negros e índios, 28 estudantes se declararam pardos, 59, amarelos e a grande maioria, 279, brancos.

Em medicina, a proporção de negros em 2008 não é muito diferente dos últimos vestibulares. O vestibular 2007 foi o que teve mais negros, entraram quatro. Nos dois anos anteriores, somente um estudante se declarou negro. E há cinco anos, nenhum se declarou negro.

A grande maioria da nossa sociedade marginalizada é a de cor negra. Isso se reflete nas nossas instituições de ensino superior”afirma o Frei Valnei Brunetto, que dirige a Educafro, uma ONG voltada para a inclusão social do negro e que oferece cursinhos comunitários, os percentuais mostram que o negro ainda não garantiu o acesso na maior universidade pública do país.

“Não defendemos as cotas como algo eterno ou permanente, mas como um instrumento para resolver essa desigualdade, que é momentânea. Quando a sociedade atingir a equiparação entre as raças, não fará mais sentido ter cotas.”

A USP não tem cotas. Sua política de ação afirmativa é oferecer 3% de bônus sobre a nota no vestibular de estudantes que tenham estudado na rede pública. Pelo segundo ano consecutivo a universidade não conseguiu atingir as metas de inclusão social.
Cotas? Certo ou errado?

Veja o outro lado Aqui

O Brasil tem muito o que aprender ainda, com o perdão do trocadilho.

Beijo.


10 comentários:

Anônimo disse...

Esse assunto das cotas é muito polêmico.Veja bem:

Eu moro em Porto Alegre, e neste ano,a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), resolveu implementar o sistema de Cotas.Após muitas discussões,foi realizado o vestibular.

O resultado,foram vários processos contra a UFRGS,por estudantes que não estavam sendo privilegiados pelas cotas,ao contrário,estavam perdendo a vaga para uma pessoa declarada "negra", e que não havia acertado nem metade das questões que um concorrente "normal" havia acertado,e ainda assim,não passado.

Eu concordo absolutamente,com cotas para estudantes de escola pública.Apesar de muitas serem frequentadas por alunos de classe média,a grande maioria é pobre e não tem condições de pagar um colégio particular.Mas discordo totalmente com a cota para negros,pois nada mais é,do que puro racismo.Quando uma faculdade implementa cotas para negros,atesta que uma pessoa por ter a cor de pele ESCURA,é pobre,burra,e que não tem oportunidades na vida.

Bom...é muito complicado tudo isso,mas adorei seu post.

Um Abraço!!

Wander Veroni Maia disse...

Olá!
Gostei mto do seu blog. Parabéns pela iniciativa! Esse tema de cotas para negros/indígenas é polêmico, mas deve ser debatido para esclarecer ainda mais a população q tem o racismo velado a bandeira para se pronunciar contra ou a favor dessa atitude.

Hj no meu blog postei a história de uma menina pobre e negra q passou em 1º lugar de medicina numa universidade privada e não precisou entrar em nenhum sistema de cotas. Depois da uma passada lá no "Café com Notícias", acesse: http://cafecomnoticias.blogspot.com

Abraço,

Wander Veroni - Jornalista. BH/MG

Turismólogo Junior disse...

A questão de cotas em universidades (independente do critério) é muito subjetiva. Nunca vamos chagar a uma conclusão aceita por todos.

Ambos os lados tem seus prós e contras.

blog disse...

Sou professor de pré-vest e convivo com essa questão diariamente. Quotas são reflexo de racismo, sim, e não somente. Mas tb de cinismo social.
É preciso que haja instrumentos que dignifiquem a competitividade entre indivíduos.
Reconheço que muitos daqueles que defendem as quotas exigem que as mudanças sejam, no mínimo, momentâneas.
Acho complicado.
Sei que o vestibular é a menos antidemocrática de todas formas de entrar na universidade, mas é fundamental que haja um amplo debate acerca do problema.

Victor Stifler disse...

Eu acho que cotas para negros e indios é preconceito.


Há de se concordar que vivemos em um país racista e cheio de diferenças, onde até as próprias faculdades fazem essas diferenças...


Muito bom seu blog...

http://endlessblackhole.blogspot.com/

beijos

blog disse...

E essa medida da USP acaba por se mostrar inóqua, com o exemplo que vc deu.
Aqui no ES, na Federal, a mesma coisa aconteceu. As quotas para alunos advindos do Ensino Público gerou um esvaziamento de alguns cursos.
Sobraram vagas.

Anônimo disse...

totalemnte contra

Anônimo disse...

Sou terminantemente contra as cotas; acho um desrespeito ao próprio negro, pois acaba já partindo de uma ação preconceituosa, pra começo de conversa. Não importa se é negro, branco, índio ou japonês, a questão é que os critérios devem ser os mesmos PARA TODOS.
Tudo bem que nenhum critério de avaliação seja 100% justo, mas acho que ainda a nota da prova é o melhor (ou mais justo) parâmetro, independente de raça ou qualquer outro "rótulo".

may disse...

putssssssss


eh amiga

uma qustaoo dificilll
e q deixa algumas duvidas

mas eu so da opiniao de ter cotas para pessoas q nau tem condiçoes


pq nau eh pelo fato d euma pessoa ser negra q ela tem q ter um lugar reservado

se elea fro competente, esperta e inteligente
ela vai conseguri uma vaga assim como qualquer outra pessoa

boumm eh minha opiniao neh
cada um tem a sua

:**

e descupa o abandono

mas eh q ta foda pra mim
c sabe neh?
^^

Fábio Melo disse...

É uma pergunta que não tem uma resposta objetiva. Para resumir bem (senão eu vou fazer um levante anarquista aqui =] ), mais importante que criar cotas, é dar educação de base para que esses beneficiados possam se manter na faculdade. pois e um desses que são beneficiados desiste no 1º período do curso, a vaga dele vai ser perdida para sempre, porque ninguém vai ser remanejado para essa vaga.

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