quinta-feira, 1 de julho de 2010

Corre-corre.

Opaaaaaaaaa, cheguei. Voltei povo.

Uffa! Sobrevivi. Em meio a empurrões, trancos, tropeços, esbarrões, muletadas na canela e alguns palavrões, eu venci. Explico já.

Vou de manhãzinha pro trabalho, sempre pego o ônibus aqui na porta de casa ás 7:00h.
Chegando no terminal, pego outro mais ou menos ás 7:35. Tudo na santa paz.
Tirando os estudantes F$%¨&&¨ que não pagam passagem e mesmo assim não nos dão o lugar para sentar, fica tudo na mesma. Mp3 no ouvido, musiquinha pra não pensar no tempo que demora pra chegar. Até ai tudo bem.
Mas na volta pra casa, o caos. :(
Aiii dá medo até de pensar. É muitaaa gente, é genteeee demais. Em todas as direções.
Correndo, andando, distraído, ouvindo música, lendo, conversando, gritando.
Meu Deus, quanta gente. Gente atrasada é o que mais tem. Os onibus saindo e nego gritando: peraáiiiii motorista. Dá um passe aí moço, cê tem troco? Ai meu Deus, corre moço, meu ônibus tá saindo.
E nesse intervalo de tempo elas não percebem que existem outras pessoas circulando no mesmo curto espaço. Se a gente deixar elas passam por cima. Tropeçam na gente, metem a cotovelada.
Dão com as mãos nas nossas costas, empurram, xingam. É um desespero pra entrar no ônibus.

Mas o melhor eu conto agora. Eu linda, leve, loira e concentrada vou andando do meu ponto até outro para esperar o ônibus. Olhando para baixo, pro meu caminho; quando de repente sinto uma muletada na minha canela. Isso mesmo! Levei uma muletada de um cara que era cego, coitado. E eu simplesmente olhei pra trás e quando pensei em falar "parece que é cego".
Eu vi, ele era gente! :(
Doeu, confesso, mas depois passou. E ele nem percebeu, acho que me confundiu com algum pilar.

Mas o que eu fico encantada e eo mesmo tempo espantada. É a rapidez com que tudo acontece.
As pessoas, desviando umas das outras. Com livros, sacolas, uniformes. É bacana.

E eu nesse bololô. Com meus pensamentos, minhas músicas e minha caneta. Sempre a postos.
Sento no meu lugarzinho, quietinha. Volta e meia encontro alguém para conversar. Ou dou o meu lugar pra algum vovô. E vou me equilibrando para não colar na janela com a cara. Porque os motoristas são beeeeeeeeem cuidadosos. Vivendo perigosamente, manobras arriscadas.

Mas eu me divirto. Pode acreditar. Me pego rindo sozinha de tanta coisa, e mau consigo explicar quando me perguntam do quê estou rindo. Porque contar todaaa essa epopeia toda vez que me perguntarem dá preguiça.
É isso por hoje.


Amo vocês.

Pai, você mais!
Mãe, você também.
Cáu, você é chata, mas tb.
Nino, amooooooooooooo da minha vida.

;D

Um comentário:

Camila disse...

Aninha, eu adoro sempre os seus posts!
Eu enfrento esse corre-corre pra ir trabalhar e voltar pra casa. Não sei daonde sai tanta gente, conseguem lotar tudo. O mais engraçado é a mistura desse povo, tem de tudo, baiano, carioca, catarinense. As vezes acho que eu sou a única Rondoniense, rs.
Fica com Deus gatona.
Bjs