quinta-feira, 22 de maio de 2008

Minha vida. Parte 2.

Com nove anos mais ou menos meu pai trabalhava no Banco Beron, e que hoje não existe mais.
Esse banco tinha um Clube, o ASBERON, era lá que nos divertíamos, ficava no setor 13*, pertinho de casa.
No ASBERON eu jogava volei na escolinha da Walnea. Lá também tinha uma piscina maraaaaaaa e um campo de futebol enorme. Eu chegava por volta das 10, e só saia as 18:00 mais ou menos. Naquele tempo quem cuidava da lanchonete do clube era a Lena, mãe do Luiz Henrique meu primeiro amor. Ele era gordinho como eu, lorinho dos olhos azuis. Lembro que sentei no balanço no parquinho do lado dele, e ele disse "qual o seu nome?" e eu respondi "Paula, quer dizer, Ana, não! é Ana Paula"
De lá até 5 anos depois fomos inseparáveis, eu almoçava e jantava, ia pra escola, andava de bike, brincava, nadava, e tudo na companhia dele. Mas nunca, nem sequer o beijei, tínhamos uma cumplicidade de irmãos. Nos meus 11 para 12 anos, um funcionário do Banco foi transferido de Alta Floresta para a minha cidade, se chamava Isaias, mas logo recebeu o apelido de Tirica. A semelhança é fato, aushausha. Levou com ele as filhas Nandara e Jamila e a esposa Dirce, que pouco tempo depois viera a ser tornar minha "Tia Dirce, a segunda mãe". Quando eu conheci a Jamila,filha mais velha, 1 ano mais nova que eu, ela estava andando de patins no meio do campo de futebol, magriiiiiinhaaa, com cabelo bemmmm comprido ao contrário do meu, e logo ficamos melhores amigas. Era esse nosso dia-a-dia: escola- clube - casa. E eu amava. Pouco tempo depois o banco faliu, o clube passou por maus bocados, e os funcionários idem. O Luiz Henrique foi embora para a capital com a familia, e nós passamos a frequentar só as aulas de Educação Física da professora Vanda. Virou febre o tal do JOER - Jogos Escolares de Rondônia. Eu, Jamila, Aline, Keila, Sandra e Milene fazíamos parte do time de volei na 8ª série. A quadra era toda rachada, sem cobertura, o sol queimava nas costas, mas mesmo assim treinávamos 3 vezes por semana, e ainda fazíamos uns joguinhos nos findis. A Vanda era bemmm exigente, e fazia uma pré-seleção estilo Bernardinho. Então dávamos o melhor, e tínhamos que passar por uma seletiva entre os 3 melhores times da cidade. Alexandre de Gusmão, meu colégio, Aurélio Buarque o colégio da 14, e Rocha Pombo, colégio da 15. Com esse time passamos para a seletiva em Rolim de Moura o Pré-JOER, cidade vizinha, pouco mais de 60km. Era uma festa ficar alojadas no colégio Tancredo Neves, 6 dias de muitas descobertas. Alunos de outras cidades, sintonia total, alegria, paqueras e muitooo esporte. Uniformes alinhados, abertura-jogos- semi-finais- final e pronto! Vencemos, fomos para o JOER em Porto Velho, capital. Se era bom em Rolim, imagina na capital? longe dos pais 600 km? com grana e amigos? Era Tudo! Mas infelizmente perdemos para o pessoal do Candido Portinari. A experiencia valeu por toda a vida. Eu ainda tinha idade para seguir, mas em Setembro de 2001, mais precisamente dia 9, dia do meu aniversário, eu passei por uma cirurgia no Apêndice, e fiquei durante 20 dias de molho em casa, emagreci bastante, e função de ter sido bemm complicado o procedimento eu fui substituída no time. Como no meu colégio só tinha até o ensino fundamental, quando passávamos para o 1º ano tínhamos que nos mudar para o Aurélio, que era um pouco longe. Professores novos, amigos novos e nova rotina. Acordar cedo e ir para o ponto esperar o ônibus passar. Isso sim era divertido, o trajeto de sei lá, 10 minutos de subida do morro. Era tanta palhaçada junta, caras amassadas, cabelos despenteados, aqueleee zelo. O primeiro ano lá foi punk pra mim, e por isso bombei em física do professor Léo, ele era um amor, mas eu detestava física. É aí que vem a melhor parte, eu estuva com uma galerinha extremamente desanimada, tipo velhos, chatos e nerds. E por ter reprovado, peguei todos os meus amigos mais novos, Rodrigo, Zoninha, Aline, Paula, Bruna, Jeniffer, Faustino, e o meu segundo amor, André Maestá. Aaaaa o André era o charme em pessoa, inteligente e tímido. Na nossa sala tinha 50 alunos para um quadrado minúsculo, tivemos que dividir por sorteio, e a cada novo nome para a minha turma era uma comemoração. Ficamos, eu, negão, Jeni, Bruna, Tinega, Michelle, e André, Na outra sala: Paula, Zona, Aline e Jamila. Para mim melhor professor de todos, talvez por ser mais brincalhão e não ter numeros envolvidos foi o Raimundão, professor de História, nordestino, sotaque legal. A inteligencia e a facilidade ao falar a nossa lingua (jovem) era tanta, que eu sinto saudade até hoje do professor Raimundo. Sem falar no Antônio que era lindão, professor de Geografia, também nordestino, assim como Edvânia - Inglês, Brito -Ed.física, Assis -Química, Edson -Biologia, e Alexandre - Português. Esse ultimo era o sossego em pessoa, chamava as meninas de "belezinha do céu" e os meninos "macho véio", e eu rachava de rir.

continua...

Beijos.

*É assim que são divididos os "bairros, por setores, 13,14.."
** Se esqueci de alguém me perdoe, corrija e eu colocarei no próximo post.

2 comentários:

sacodefilo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
may disse...

ahh so faltou algumas fotinhas como no outro post

mas msm assim eu ameiii

eu tbm lembro do luiz henrique

koakoakopakoapkopakopa


amigaa

seu post ta MARAAAAAAAAAAA


^^