sexta-feira, 18 de junho de 2010

Experiência cumpaaadi, experiência!

ATENÇÃO, LEIA COM PARCIMÔNIA - VOCÊ VAI RIR E GOSTAR.


Vocês se lembram que prometi contar a saga da minha cirurgia de apêndice?

Pois então, vamos juntos láááá pro dia 06/09/2001.

Véspera da Independência do Brasil e desfile das escolas da minha cidade.

Como eu faria 14 anos no dia 09/09 minha mãe me deu uma bicicleta azul com cestinha na frente, bemmm bonitona já adiantando meu presente porque no dia 7 eu desfilaria com ela toda enfeitada. Compramos então um monte de badulaques para colocar na minha bike manerissima.

Minha mãe fez flores de papel crepon que colamos na cestinha junto com umas fitinhas.

Isso tudo em verde, amarelo, azul e branco cores do Brasil, óbvio.

Tudo pronto pro grande dia, bike arrumada, roupa separada, lá vou eu pro treino de vôlei.

Estávamos na época de treinar pro pré-joer. As meninas passaram em casa, chegamos na escola, armamos a rede, limpamos a quadra e na hora do aquecimento senti uma pontada na barriga. Mas como não tinha bebido água, pensei ser aquelas dores chatinhas de quando fazemos esforço físico e não nos hidratamos. Depois, na volta pra casa, eu corria não lembro o porque, quando simplesmente não senti mais minha perna direita. Consegui chegar em casa, chorando, mas consegui.

Minha mãe imediatamente me levou pro hospital. Na época ainda existia um particular na minha cidade, ao lado da minha casa inclusive.

Chegando lá, de cara, primeiro diagnóstico: Infecção na bexiga.

Tomei remédio intravenoso, as dores cessaram, temporariamente.

Passei a noite em casa, tomando soro. Dormi mais ou menos bem, e, no outro dia acordei com uma dor muitoooo forte.

Meus pais, assustados, ligaram pra um outro médico amigo deles.

Meu pai disse o que eu estava sentindo e onde se localizava a dor.O médico então disse pra ele, com essas palavras acho*“ferrou fi. Ta! é mentira. Foi assim:

“Se eu fosse você pai, corria com ela pra Rolim, essas dores são indicio de apendicite”.

Na época meu pai que não tinha carro ligou pro Edson Pacheco (valeu aí Pachecão)

E ele emprestou o seu então, uno verde para que o meu pai pudesse me levar pro Bom Jesus em Rolim de Moura. Fomos eu e minha Tia Márcia atrás, meu Pai e minha Mãe na frente.

No meio do caminho começou a piscar uma luz vermelha no painel que indicava falta de água em algum lugar. (mecânica off). Aiii veio o desespero porque nessa altura eu já vomitava até meus pensamentos, gritava sem parar de dor e mau sabíamos que minha apêndice já havia supurado (que no bom português significa que eu estava lascada com a apêndice estourada e sujando todos os meus outro órgãos).

Mas aí como Deus é maravilhoso e TUDIBÃO mandou o Varlei, amigo do meu pai e irmão do Expedito Junior, então Deputado Estadual e hoje candidato a governador do estado. (ficha limpa viu gente? Rs). O Varlei estava com outros 3 homens numa Hilux luxo do momento, se transformou, tipo uma Ferrari naquela hora pra gente, uahauhauahuahau.

Ar condicionado e tals, e o nosso carrinho tava zuado lembra? Pois então, ele sugeriu ao meu pai que fossemos com o carro dele e ele ficaria com o carro lá, até arrumar. Num SOL DE RACHAR!

Fofo não?! Beijão Varlei, me liga!

Conseguimos chegar, depois de muito perrengue *(e a bela malha viária de RONDONHA)ao Hospital.

Meu pai me carregando no colo já, porque eu não conseguia andar de tanta dor.

Colocou-me numa cadeira de rodas, lindona, aro 17. auhauhauhauaha.

Fui direto pra ultra-som, lá mesmo fizeram a raspagem, a higienização do meu corpo, tiraram minhas jóias, roupas e sapatos. Enfim, preparadíssima pra cirurgia.

Comigo já na maca, olhei na ante sala da cirurgia, meu pai, mãe e Tia, todos chorando.

Momento novela. Lembro direitinho que disse exatamente com essas palavras. Tchau Mãe! Tchau pai! Fui pra faca! No dia do meu aniversário de 14 anos, 09/09/2001 - 3 horas e pouquinho de cirurgia, voltei. Correu tudo bem, vivissima é piradona na anestesia. :D

Mais loca que o lobão, totalmente grogue com minha anestesista xar[a, me batendo no rosto: “acorda Ana, acorda”.

Eu acordei, vomitei um treco muitoooo nojento, preto ARGH!

Uma dorr na barriga, quando olhei pra baixo que vi aquela faixa, eu queria arrancar minha mãe disse:

“Não filha, é o curativo”.

Meus pais clarrrrroooo, marcaram presença 24 horas por dia. Ajudavam-me em tudo.

Mãe, e Tia como eram meninas, me ajudavam nos banhos e troca de roupa.

Pai, como era menino, dormia no chão do quarto do hospital e quando eu queria fazer xixi, jogava uma fraudinha úmida que ele deixava perto de mim no rosto dele. Aí ele acordava e me carregava até o banheiro. (sim, eu era leve).

Isso acontecia mais ou menos umas 3 vezes por noite.

Durante o dia também me ajudava a levantar porque era meio dolorido me mexer com a RABIGA costurada. :D

Recebia algumas visitas, pedia com freqüência UM BALDE DE SUCO DE MARACUJÁ e Bolo de chocolate, mesmo sem poder comer.

Minha mãe comprou uma escova de dente do pateta, massinha de modelar e coisas pra eu pintar, pra poder passar o tempo ?! Ócio criativo total.

Eu via pouca tv, fiquei arrancando a tinta da parede, subindo e descendo a persiana e nos quatro dias que fiquei internada, quebrei a persiana e detonei a parede.

Meu pai dava altos rolê comigo na cadeira, porque o hospital nem tinha muita gente.


UP DATE: Lembrei de uma coisa que aconteceu na Noite da minha cirurgia.

Meu pai foi num boteco de videokê e chegou no hospital BEM FELIZ uahuahauhauhauaha. Sua cara gordo?! Como poderia esquecer de você cantando? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk nem vou comentar a bronca que você levou da mãe e da !


Voltei pra casa não lembro com quem! Pai, com quem foi mesmo?!

Depois eu posto quando ele me contar.

Já na minha cidade, continuava a receber visitas com frequência.

Meus cachorros não ficavam mais no sofá, haviam ganhado uma casa nova, afinal eu estava num pós-operatório ferrenho.

Nada de comidas pesadas, com gordura ou muito sal. Bastante água, suco e remédios.

Acho que quase um mês depois, tive uma recaída não me lembro o porquê e recebi sangue do meu pai, lembra disso gordo?!

Ele numa maca tirando o sangue eu na outra esperando para receber e o Dr. Jalmo no meio zoando

“é Paulinha, vamos filtrar esse sangue aqui, pra você não ficar bêbada, porque tem muito álcool nele”.

Quando ia tirar os pontos era outra novela. Ele dizia: Vou tirar só três. E tirava seis.

E eu gritava: Mentiroooooooooooso!

Mordia a mão do meu pai, porque eu queria morder mesmo, não porque doía. HAHA!

Ainda demorei um tempo pra tirar tudo e voltar a vida normal.

Fiquei fora do Joer daquele ano e nem tive bolo de aniversário.

Eu realmente sofri porque amava brincar na rua, nadar, andar de patins e bicicleta.

Ahhh lembra da bicicleta? Nem andei nela, nem estreei. Minha amiga que andou mais que eu.

Fui usar, uns 5 ou 6 meses depois, porque se hoje, com 22 anos minha mãe não me deixa atravessar a Colombo** sozinha, imagina com 14, operada. Acha que ela me deixaria andar de bike?! Ta, vai sonhando. Dona Tereza é a PRESERVE em vida. Tá doido!

Lembra da Quelóide? Então, os pontos que me foram dados, eram mais largos que o normal. Um médico até chegou a falar um dia pra minha mãe que era um tipo de ponto que se dava em cadáveres, isso mesmo. Ponto pra fechar morto é mais largo, porque na verdade não existe um zelo por parte de quem ta suturando um defunto, ele vai ser enterrado mesmo né?! Com roupa e tals.

Pois é. Acho que rolou certa preguicinha por parte da equipe médica, que deixou a desejar na sutura da minha cirurgia.

Outro fato importante que fez com que ela ficasse maior que o normal, e que me deixou mais tempo no hospital, uma vez que essa cirurgia é a mais feita no Brasi,l todos os dias e leva menos de 40 minutos e a cicatriz fica mínima. Foi o fato de ter supurado. Isso afetou meus outros órgãos, sujou pra ser mais exato.

Ai foi tudo lavado com soro fisiológico, o que levou bemmm mais tempo que o normal.

Então é por esse PEQUENO motivo que não aceito piedade de ninguém, tampouco que me sugiram cirurgia plástica reparadora. Jamé! Definitivamente tenho pânico de anestesia e hospital.

Isso porque 6 anos depois, vivi tudo isso de novo para operar a Vesicula. :D

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

E dessa vez meu bem, em Hospital Público.

Agora, me fala? Eu mereço?! Rs.

Eu conto num outro post. Vou pintar as unhas e tomar banho.

Trampo amanhã cedo.

W. Saudade!

Beijo pai, aparece aí mano. TE AMO!



** Colombo pros Rondonienses que não sabem: é uma das avenidas mais movimentadas de Maringá, 4 pistas em cada sentido. Caminhões e tals. Ai ela tem medo. :D

Um comentário:

Mesaque' disse...

Trágica experiência...Sem deixar de vender o jabá para o Candidato a governador, o Sr. Expedito Jr. né?. Huahuahuahauua...Nem sabia da cirurgia e consequente cicatriz...Sorte sua. Se soubesse,aquele dia, no meio da sala de espera pra fazer o teste psicotécnico pra habilitação, eu iria falar discretamente (que nem a velhinha maldida do ônibus), "Paulaaa..Mostre aí o arrombo que ficou na tua 'pança' devido a sua cirurgia...'mostra aí pá nóis vê vai?'" rsrs...#Droga...Não foi dessa vez! =/. Bjoo.