Com nove anos mais ou menos meu pai trabalhava no Banco Beron, e que hoje não existe mais.
Esse banco tinha um Clube, o ASBERON, era lá que nos divertíamos, ficava no setor 13*, pertinho de casa.
No ASBERON eu jogava volei na escolinha da Walnea. Lá também tinha uma piscina maraaaaaaa e um campo de futebol enorme. Eu chegava por volta das 10, e só saia as 18:00 mais ou menos. Naquele tempo quem cuidava da lanchonete do clube era a Lena, mãe do Luiz Henrique meu primeiro amor. Ele era gordinho como eu, lorinho dos olhos azuis. Lembro que sentei no balanço no parquinho do lado dele, e ele disse "qual o seu nome?" e eu respondi "Paula, quer dizer, Ana, não! é Ana Paula"
De lá até 5 anos depois fomos inseparáveis, eu almoçava e jantava, ia pra escola, andava de bike, brincava, nadava, e tudo na companhia dele. Mas nunca, nem sequer o beijei, tínhamos uma cumplicidade de irmãos. Nos meus 11 para 12 anos, um funcionário do Banco foi transferido de Alta Floresta para a minha cidade, se chamava Isaias, mas logo recebeu o apelido de Tirica. A semelhança é fato, aushausha. Levou com ele as filhas Nandara e Jamila e a esposa Dirce, que pouco tempo depois viera a ser tornar minha "Tia Dirce, a segunda mãe". Quando eu conheci a Jamila,filha mais velha, 1 ano mais nova que eu, ela estava andando de patins no meio do campo de futebol, magriiiiiinhaaa, com cabelo bemmmm comprido ao contrário do meu, e logo ficamos melhores amigas. Era esse nosso dia-a-dia: escola- clube - casa. E eu amava. Pouco tempo depois o banco faliu, o clube passou por maus bocados, e os funcionários idem. O Luiz Henrique foi embora para a capital com a familia, e nós passamos a frequentar só as aulas de Educação Física da professora Vanda. Virou febre o tal do JOER - Jogos Escolares de Rondônia. Eu, Jamila, Aline, Keila, Sandra e Milene fazíamos parte do time de volei na 8ª série. A quadra era toda rachada, sem cobertura, o sol queimava nas costas, mas mesmo assim treinávamos 3 vezes por semana, e ainda fazíamos uns joguinhos nos findis. A Vanda era bemmm exigente, e fazia uma pré-seleção estilo Bernardinho. Então dávamos o melhor, e tínhamos que passar por uma seletiva entre os 3 melhores times da cidade. Alexandre de Gusmão, meu colégio, Aurélio Buarque o colégio da 14, e Rocha Pombo, colégio da 15. Com esse time passamos para a seletiva em Rolim de Moura o Pré-JOER, cidade vizinha, pouco mais de 60km. Era uma festa ficar alojadas no colégio Tancredo Neves, 6 dias de muitas descobertas. Alunos de outras cidades, sintonia total, alegria, paqueras e muitooo esporte. Uniformes alinhados, abertura-jogos- semi-finais- final e pronto! Vencemos, fomos para o JOER em Porto Velho, capital. Se era bom em Rolim, imagina na capital? longe dos pais 600 km? com grana e amigos? Era Tudo! Mas infelizmente perdemos para o pessoal do Candido Portinari. A experiencia valeu por toda a vida. Eu ainda tinha idade para seguir, mas em Setembro de 2001, mais precisamente dia 9, dia do meu aniversário, eu passei por uma cirurgia no Apêndice, e fiquei durante 20 dias de molho em casa, emagreci bastante, e função de ter sido bemm complicado o procedimento eu fui substituída no time. Como no meu colégio só tinha até o ensino fundamental, quando passávamos para o 1º ano tínhamos que nos mudar para o Aurélio, que era um pouco longe. Professores novos, amigos novos e nova rotina. Acordar cedo e ir para o ponto esperar o ônibus passar. Isso sim era divertido, o trajeto de sei lá, 10 minutos de subida do morro. Era tanta palhaçada junta, caras amassadas, cabelos despenteados, aqueleee zelo. O primeiro ano lá foi punk pra mim, e por isso bombei em física do professor Léo, ele era um amor, mas eu detestava física. É aí que vem a melhor parte, eu estuva com uma galerinha extremamente desanimada, tipo velhos, chatos e nerds. E por ter reprovado, peguei todos os meus amigos mais novos, Rodrigo, Zoninha, Aline, Paula, Bruna, Jeniffer, Faustino, e o meu segundo amor, André Maestá. Aaaaa o André era o charme em pessoa, inteligente e tímido. Na nossa sala tinha 50 alunos para um quadrado minúsculo, tivemos que dividir por sorteio, e a cada novo nome para a minha turma era uma comemoração. Ficamos, eu, negão, Jeni, Bruna, Tinega, Michelle, e André, Na outra sala: Paula, Zona, Aline e Jamila. Para mim melhor professor de todos, talvez por ser mais brincalhão e não ter numeros envolvidos foi o Raimundão, professor de História, nordestino, sotaque legal. A inteligencia e a facilidade ao falar a nossa lingua (jovem) era tanta, que eu sinto saudade até hoje do professor Raimundo. Sem falar no Antônio que era lindão, professor de Geografia, também nordestino, assim como Edvânia - Inglês, Brito -Ed.física, Assis -Química, Edson -Biologia, e Alexandre - Português. Esse ultimo era o sossego em pessoa, chamava as meninas de "belezinha do céu" e os meninos "macho véio", e eu rachava de rir.
continua...
Beijos.
*É assim que são divididos os "bairros, por setores, 13,14.."
** Se esqueci de alguém me perdoe, corrija e eu colocarei no próximo post.
2 comentários:
ahh so faltou algumas fotinhas como no outro post
mas msm assim eu ameiii
eu tbm lembro do luiz henrique
koakoakopakoapkopakopa
amigaa
seu post ta MARAAAAAAAAAAA
^^
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